SIPAM Compra Imagens de Satélite Japonês


Olá leitor!

Segue a abaixo uma nota postada no dia 10/07 no site do SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia) falando sobre a compra pelo órgão de aproximadamente 1.300 novas imagens da Região Amazônica, capturadas pelo satélite japonês ALOS (Advanced Land Observing Satellite).

Duda Falcão

SIPAM Adquire mais 1300 imagens do Satélite ALOS

10-Jul-2009

O Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), vinculado à Casa Civil da Presidência da República, está adquirindo aproximadamente 1.300 novas imagens da Região Amazônica, capturadas pelo satélite ALOS (Advanced Land Observing Satellite), em 2008 e 2009. A soma das cenas compradas deve chegar a 3,5 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a quase 70% da área total Região. O Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que será assinado com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê o repasse de R$ 337 mil para aquisição das imagens junto à instituição que comercializa as informações do satélite japonês.

As imagens serão utilizadas para aperfeiçoar o monitoramento das áreas especiais de preservação, prioritariamente nas regiões centro-norte do Amazonas e Pará e a totalidade de Roraima e do Amapá. O coordenador-geral de Operações do Sipam, Fernando Campagnoli, explica que as imagens do satélite ALOS são capturadas independente das condições do tempo. “Considerando que o norte da Região Amazônica está coberto de nuvens em quase todo o ano, as novas imagens permitirão confrontar com as informações ópticas e de radar que já possuímos, construindo um novo padrão de análise das condições da floresta, especialmente nas terras indígenas e nas áreas especiais de preservação”, explica Campagnoli. O Sipam está negociando também uma autorização especial para compartilhar as informações com outros órgãos governamentais dedicados à fiscalização e proteção da floresta. Com isso, a expectativa é aprimorar a qualidade das informações sobre as áreas de preservação e construir uma série histórica que permita medir com maior precisão o avanço ou diminuição do desflorestamento.

Sensores

Segundo informações da página eletrônica do IBGE, o satélite ALOS carrega a bordo três sensores: AVNIR-2, PRISM e PALSAR. Como o SIPAM possui tecnologia para capturar imagens óticas semelhantes às produzidas pelo AVNIR-2 e PRISM, a compra será exclusivamente de cenas do PALSAR, que é um radar imageador de abertura sintética, que opera na banda L, com resolução espacial que varia de 10 a 100 metros. O PALSAR possui um modo polarimétrico que é capaz de gerar imagens com polarizações HH, HV, VV e VH. Sendo um sensor de radar, o PALSAR é capaz de gerar imagens mesmo sobre regiões cobertas por nuvens e à noite. O radar do ALOS também possui um modo de observação ScanSAR, que adquire imagens com uma larga faixa de observação (250-350 km), que é especialmente útil para imageamento de grandes áreas de florestas. O AVNIR-2 é um sensor óptico com quatro bandas espectrais (visível e infravermelho próximo) com resolução espacial de 10 metros, projetado para observação de regiões terrestres e costeiras. Já o sensor PRISM opera na faixa da luz visível, com uma banda pancromática e resolução espacial de 2,5 metros.

Assessoria de Comunicação Social do Sipam Telefone: (61) 3214-0257e-mail: comunicacaosocial@sipam.gov.br


Fonte: Site do SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia)

Comentário: Esse é um grande exemplo da necessidade que o Brasil tem em resolver logo se irá desenvolver o MAPSAR com os alemães ou o CBERS-SAR com os chineses. Segundo o Relatório Gestor de 2008 do INPE, o desenvolvimento do satélite MAPSAR encontra-se na Fase B do projeto, iniciada em 2008 com previsão de finalização dessa fase em 2009, e com previsão de lançamento do satélite em 2013. Segundo alguns rumores, estão existindo dificuldades de acerto entre o INPE e a DLR quanto a alguns equipamentos do satélite e isso teria gerado a opção alternativa de se desenvolver o satélite CBERS-SAR com os chineses. No entanto, tudo se encontra no campo da especulação, pois não existe ainda uma posição oficial da AEB quanto a desistência ou não do MAPSAR. Lembrando ao leitor que o Brasil já passou por uma situação como essa alguns anos atrás, quando os franceses desistiram do projeto do Satélite FBM (Microsatélite Franco-Brasileiro).

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