Pesquisadora da USP Ganha o Prêmio L’Oréal-Unesco


Olá leitor!

Segue abaixo parte de uma notícia postada hoje (24/09) no site da Agência FAPESP destacando o “Prêmio L’Oréal-Unesco para Mulheres” concedido a pesquisadora da USP e a outras 6 pesquisadoras brasileiras.

Duda Falcão


Pesquisadora da USP Ganha Prêmio L’Oréal-Unesco
por Prosposta de Criação de Catalogo de
Estrelas Raras de Grande Massa


24/09/2009

Agência FAPESP - Com o objetivo de incentivar jovens pesquisadoras, o programa L’Oréal-Unesco para Mulheres na Ciência premiou sete cientistas brasileiras nesta quarta-feira (23/9), no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Das sete pesquisas contempladas – de um total de 271 inscritas no país –, três são trabalhos com apoio da FAPESP. O Programa L’Oréal-Unesco para Mulheres na Ciência é realizado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e no Brasil conta com o apoio da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Cada vencedora recebeu bolsa-auxílio no valor de US$ 20 mil para desenvolver seus respectivos projetos no período de um ano.

As ganhadoras paulistas são Sheila Cavalcante Caetano e Lea Tenenholz Grinberg, da Faculdade de Medicina, e Elysandra Figueredo, do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), ambas unidades da Universidade de São Paulo (USP).

As demais vencedoras são Flávia Carla Meotti, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Alexandra Zugno, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, Annelise Casellato, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Valéria Sandrim, da Santa Casa de Belo Horizonte.

Estrelas Raras

A proposta de criação de um catálogo das estrelas de grande massa, raras na galáxia, resultou no Prêmio L’Oréal-Unesco para Mulheres na Ciência a Elysandra Figueredo, do Departamento de Astronomia do IAG-USP.

O estudo de Elysandra – que também foi bolsista de doutorado da FAPESP – é parte de sua pesquisa de pós-doutorado sobre a formação de estrelas de alta massa, intitulado “Estrutura espiral da Via Láctea e a formação de estrelas massivas”.

O estudo foi orientado por Augusto Damineli Neto, professor titular e chefe do Departamento de Astronomia do IAG-USP, e realizado no âmbito do projeto de Auxílio à Pesquisa – Regular “Observação e modelagem de estrelas massivas”.

O projeto de Elysandra, “Criação de um catálogo das estrelas de alta massa”, tem como objetivo tentar entender como se dá a formação e quais são os diferenciais e peculiaridades das estrelas de grande massa.

“É difícil ter uma amostragem muito grande dessas estrelas, mas o primeiro passo é conseguir essa amostragem com várias imagens e espectros, para que se consiga construir um modelo em cima de dados concretos”, explicou.

A pesquisadora do IAG criou uma técnica especial com a utilização de infravermelho para medir e avaliar a distância exata dessas estrelas e delinear, da forma mais verossímil possível, os braços da Via Láctea a fim de relatar todas as suas especificidades.

“Conhecemos muito pouco sobre essas estrelas e todo o processo de formação delas ainda é desconhecido. Sua ocorrência é rara – para cada mil estrelas de baixa massa, temos uma de alta massa –, mas elas têm uma importância muito grande no contexto da astronomia”, explicou.

De acordo com Elysandra, existem poucas pesquisas no Brasil sobre esse assunto. E a principal forma de ampliar o conhecimento sobre a formação dessas estrelas é entender qual o processo físico envolvido. Por essa razão é preciso criar um catálogo. “Fiquei muito feliz com o prêmio. É um reconhecimento importante para quem, como eu, está no começo da carreira”, disse.

Caso o leitor queira ler a notícia na íntegra o link para a mesma é:
http://www.agencia.fapesp.br/materia/11110/especiais/jovens-e-premiadas.htm


Fonte: Site da Agência FAPESP

Comentário: Parabéns as pesquisadoras brasileiras pelos prêmios conquistados e em especial a pesquisadora da USP, Elysandra Figueredo. Que é mais um exemplo da qualificação profissional atingida pelos pesquisadores brasileiros na área de astronomia sem precisar com isso de sair do país.

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