Câmeras de Satélites Atraem Empresas de Alta Tecnologia


Olá leitor!

Segue uma notícia postada hoje (15/03) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que as câmaras que estão sendo desenvolvidas para os satélites CBERS-3 e 4 e para o satélite Amazônia-1 estão atraindo empresas de alta tecnologia.

Duda Falcão

Câmeras de Satélites Atraem Empresas de Alta Tecnologia

Plano do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais é
ampliar parceria com chineses e investir em equipamentos nacionais

Martha San Juan
Brasil Econômico
15/03/2010

O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilberto Câmara, viaja hoje para a China para mais uma etapa do projeto CBERS (Satélite Sino- Brasileiro de Recursos Terrestres).

Câmara deve manifestar o interesse do Brasil na continuidade da parceria com os chineses para o desenvolvimento dos satélites, destinados ao monitoramento ambiental e ao gerenciamento de recursos naturais.

Do ponto de vista do desenvolvimento da tecnologia, o projeto, iniciado na década de 1990, tem sido um ótimo negócio.

Enquanto os primeiros artefatos tinham apenas 30% de participação brasileira, as versões 3 e 4 têm 50%, o que inclui duas das quatro câmeras, que estão sendo construídas no Brasil.

"Queremos ampliar essa participação", afirma Marco Antônio Chamon, coordenador de gestão tecnológica do INPE.

Áreas sensíveis Para Mario Stefani, diretor de P&D da Opto Eletrônica, "a estratégia do programa espacial de fomentar o desenvolvimento de tecnologia de ponta dentro da indústria nacional, abriu novas oportunidades". A Opto Eletrônica, estabelecida em São Carlos (SP), venceu a licitação para a fabricação de uma das câmeras do CBERS e das duas do Amazônia-1, o primeiro satélite de observação da Terra desenvolvido no país. A câmera para o CBERS-3 é uma multiespectral de 20 metros de resolução, que consumiu R$ 100 milhões em investimentos.

A complexidade na fabricação do equipamento que deve funcionar no espaço, ajudou a empresa em seus outros negócios, como a fabricação de produtos médicos, com ênfase em oftalmologia. Uma de suas maiores vitórias foi obtida com a experiência adquirida ao estabelecer o grau de precisão óptica da câmera e a montagem das lentes, capazes de suportar a vibração existente no espaço.


O INPE já pensa nas versões 5 e 6 do CBERS e planeja novos satélites, além do Amazônia. O CBERS-3 será lançado em 2011 e o 4 em 2014, por lançadores chineses.

A Opto construiu 450metros quadrados de salas limpas, destinadas à manipulação dos sistemas ópticos de precisão. Toda essa infraestrutura permitiu a seus engenheiros desenvolver uma segunda geração de retinógrafos, aparelhos que mapeiam a retina, em condições de competir com gigantes internacionais nessa área de precisão.

Hoje, no setor de equipamentos médicos, a Opto está presente em 64 países, com filiais ou por intermédio de distribuidores e seu faturamento é da ordem de R$ 50 milhões.

Parcerias internacionais Outra empresa, a Equatorial, de São José dos Campos, responsável pela parte elétrica e mecânica da cúpula do telescópio Soar, no Chile, optou por atuar exclusivamente na área aeroespacial, sendo responsável pela câmara WFI, com ângulo maior de cobertura - 800 quilômetros e resolução de 60metros.

Segundo seu diretor, César Guizoni, a estratégia da empresa foi estabelecer parcerias com empresas internacionais para participar de projetos de outros países. A Equatorial tem como acionista a EADS e a Airbus, um dos maiores do setor na Europa.

"Quando participamos de um projeto como o CBERS, ganhamos ao nos capacitar e formar pessoas capazes de lidar com tecnologias de ponta", afirma.

Juntos, os satélites Amazônia- 1 e CBERS-3 e 4 permitirão uma cobertura completa da Terra em menos de 5 dias, tornando o Brasil autônomo para obtenção de imagens em média resolução e eliminando o risco de descontinuidade no fornecimento desse tipo de imagem por parte de satélites estrangeiros.

O INPE pensa no CBERS 5 e 6, além do Amazônia para fazer o monitoramento ambiental e agrícola. O projeto espacial prevê que a carga útil desses satélites será baseada em uma plataforma multiuso, que também servirá para o LATTES-1, de aplicações científicas, o MAPSAR, de observações por radar e o GPM, de meteorologia. Segundo Marco Antônio, haverá muito trabalho nos próximos anos.


Fonte: Brasil Econômico via Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Nada de novo é acrescentado nessa matéria, a não ser a citação que o CBERS-4 não será mais lançado do Brasil e sim da China por um foguete chinês (a expectativa era que o mesmo fosse lançado pelo Cyclone-4). Será que nem o INPE acredita mais nessa mal engenhada ACS ou os chineses não aceitaram a idéia? Vamos aguardar. O Blog “BRAZILIAN SPACE” deseja uma boa viagem ao diretor Gilberto Câmara esperando que o mesmo retorne da China com boas notícias.

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