Brasil e China Definem Política para Distribuição de Dados


Olá leitor!

Segue abaixo uma noticia postada hoje (15/04) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) informando que o Brasil e China definiram a política para distribuição de dados espaciais.

Duda Falcão

Brasil e China Definem Política para Distribuição de Dados Espaciais

15-04-2010

Durante o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hu Jintao, em Brasília nesta quinta-feira (15/04), Brasil e China reafirmaram o desejo de expandir a cooperação na área espacial. Foram anunciados quatro memorandos de entendimento durante a cerimônia em que o CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) foi destacado como um dos programas de cooperação tecnológica e científica mais bem-sucedidos entre países em desenvolvimento.

Um dos memorandos define a política de dados CBERS, tornando global a distribuição gratuita de suas imagens. Firmado entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Centro Chinês para Dados e Aplicações de Satélites de Recursos Terrestres (CRESDA), o documento visa a fortalecer a cooperação entre os dois países na utilização pacífica da tecnologia espacial, ao mesmo tempo em que consolida o Programa CBERS como um importante instrumento para a cooperação internacional.

Com as imagens do CBERS-2, em junho de 2004, o INPE iniciou a distribuição gratuita de dados de satélite pela internet para usuários brasileiros. Com o apoio do parceiro chinês, os dados em seguida puderam ser oferecidos da mesma forma a países da América Latina e, mais tarde, ao continente africano. Com a assinatura do memorando, os dados dos satélites poderão ser distribuídos a outros países.

Outros Memorandos

Além do destinado à política de dados CBERS, o INPE também estabeleceu outros três memorandos com centros ligados à Academia Chinesa de Ciências para cooperações nas áreas de Observação da Terra, Aplicações de Sensoriamento Remoto e Clima Espacial.

O memorando firmado entre o INPE e o Centro de Observação da Terra e da Geoinformação Digital (CEODE) deve propiciar a colaboração em áreas como: mapeamento de aplicações para a agricultura; desenvolvimento de acesso aberto e gratuito de ferramentas computacionais; modelagem ambiental; sistemas de monitoramento de desastres naturais e tecnologia espacial para o estudo das mudanças ambientais globais. Outro destaque é a recepção pelo Brasil dos dados dos satélites chineses HJ-1A e HJ-1B.

Com o Centro de Ciência Espacial e de Pesquisa Aplicada (CSSAR), o memorando permitirá a realização de observações conjuntas e estudos da ionosfera e atmosfera média e alta em baixas latitudes.

Ainda deve ser assinado um quarto memorando, que firma cooperação entre o INPE e o Centro Nacional de Satélites Meteorológicos da Administração Meteorológica da China (CMA).

Reportagem TVBANDVALE - 19/04/1010


Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas espaciais (INPE)

Comentário: Como o leitor mesmo pode observar nesta nota postada agora a pouco no site do INPE, os gols alcançados na viagem a China fora realizados pelo diretor Gilberto Câmara e sua comitiva e o blog o parabeniza pela sua ativa participação nesta viagem. A possibilidade da assinatura desses quatro memorandos citados nesta notícia já havia sido levantada em nota anteriormente postada aqui no blog (veja a nota Brasil Assinará 4 Acordos na Visita do Presidente Chinês). No entanto, apesar do trabalho relevante do senhor Gilberto Câmara o blog continua com a sua posição: Deveriam ter sido discutidos com os chineses novas oportunidades não só na área de satélites como de foguetes e tecnologias associadas, possibilidades de experimentos conjuntos na área de microgravidade, incentivo a cooperação espacial entre universidades brasileiras e chinesas, intercambio de estudantes entre universidades, realização de spacecamp entre estudantes brasileiros e chineses entre tantas outras possibilidades. No entanto, infelizmente para o PEB o senhor Ganem prefere ficar viajando pelo mundo assinando acordos com países que tem pouco ou nada a oferecer ao nosso cambaleante programa espacial, o que é extremamente lamentável.

Comentários

  1. Infelismente mais uma vez,uso esse espaço para expressar minha insatisfação ao ver um país capaz, bonito, inteligente como o brasil, se contentando com tão pouco, mero recebedor de imagens de satélites chineses.Ao contrário deveriamos nós agora estarmos independente nessa área espacial..não dependendo de ninguem.Não precisava nem viajar a china para fazer um acordo desse tipo...bastava um fax.

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  2. Pois é Benito,

    Em nossa opinião você está correto em se sentir frustrado devido à falta de rumo do PEB, apesar de eu achar que os memorandos assinados pelo INPE têm sua relevância e certamente serão benéficos para o Brasil. No entanto, o fato do programa espacial do país não ter gestores de visão e competentes (com raras exceções), torna-se um empecilho a mais na já complicada e difícil operacionalidade do programa. O grande exemplo disso é a crença do senhor Ganem de que quantidade necessariamente significa qualidade. Isso demonstra a falta de foco do programa e sua administração desastrosa o que no atual quadro vem se somar aos já históricos problemas vividos pelo mesmo. Para completar este quadro negro, é notório o grande descaso do governo LULA para com este tão importante programa do país. Assim sendo amigo, o resultado até agora alcançado só poderiam lamentavelmente ser pífio.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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