Brasil e Rússia Debatem Cooperação na Área Espacial


Olá leitor!

Segue uma notícia postada hoje (06/04) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) divulgando que empresas brasileiras e russas debateram cooperação espacial durante a realização do “Encontro Empresarial sobre o Global Navigation Satellite System (GLONASS)”, ocorrido nesta terça-feira (06/06), na sede do Instituto de Engenharia, em São Paulo (SP).

Duda Falcão

Brasil e Rússia Debatem Cooperação na Área Espacial

Coordenação de Comunicação Social/AEB
06-04-2010


Cinqüenta e cinco pessoas participaram do Encontro Empresarial sobre o Global Navigation Satellite System (GLONASS), nesta terça-feira (6), na sede do Instituto de Engenharia, em São Paulo (SP). Na ocasião, empresários e representantes da Agência Espacial Russa (ROSCOSMOS) apresentaram o sistema de geoposicionamento e possibilidades de cooperação na área espacial entre o Brasil e a Rússia. O GLONASS é o sistema russo de posicionamento global, equivalente ao americano GPS e ao europeu, GALILEO. O sistema conta com 24 satélites divididos em três órbitas.

O evento, organizado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), em parceria com a ROSCOSMOS, apresentou a empresários brasileiros possibilidades de cooperação na produção e comercialização de receptores GNSS e em serviços de monitoramento e rastreamento de veículos.

“O GLONASS representa uma tecnologia adicional ao GPS americano. A similaridade de necessidade de geoposicionamento é grande entre o Brasil e a Rússia, o que torna as possibilidades de cooperação ainda maiores”, disse Cilineu Nunes, representante da ZATIX. A ZATIX é umas das maiores empresas de serviços na área de rastreamento e monitoramento na América Latina com cerca de 200 mil veículos rastreados em todo o Brasil.

Apresentações - A primeira apresentação foi feita pelo chefe de Divisão do GLONASS, Sergei Kalinin. Segundo ele, o sistema de geoposicionamento russo possui uma constelação quase completa de satélites - com 21 operacionais e dois sobressalentes que podem entrar em uso, caso algum falhe. Há cinco estações de recepção de dados do GLONASS no território russo. A central de controle fica perto da capital, Moscou. No entanto, sabe-se que há a necessidade de se expandir esse segmento. Uma das estações que será construída deverá ficar no Brasil.

Kalinin acredita que há possibilidade de cooperação entre as agências espaciais dos dois países, entre as indústrias e também de pesquisas científicas. O governo russo apóia o desenvolvimento do sistema e, garante que até o final de 2010 ele deve ficar pronto. No entanto, estará em desenvolvimento até 2020.

Parceria - “A parte mais importante da apresentação do Kalinin foi quando ele divulgou os planos de oferecer sinal de alta qualidade aberto e gratuito. O GPS já oferece esse tipo de serviço, mas apenas a militares”, disse o coordenador técnico-científico da AEB, Raimundo Mussi. Mussi acredita que os russos apresentaram propostas concretas de parceria.

As outras explanações foram feitas pelo chefe executivo da Auto Tracker, Boris Satovsky; pelo vice-diretor do Institute of Space Device Engineering, Mikhail Golovin e pelo chefe do departamento internacional da NIS-GLONASS, Alexey Tyrtov.

O encontro faz parte do “Programa de Cooperação no Campo da Utilização e Desenvolvimento do Sistema Russo de Navegação Global por Satélite entre a AEB e a ROSCOSMOS”, assinado em 26 de novembro de 2008. Esse Programa tem, entre outras, as seguintes linhas de atuação: operacional, compreendendo, inclusive, a possibilidade de instalação de uma estação de monitoramento do GLONASS no território nacional, cooperação científica, com a realização de projetos conjuntos de pesquisa e empresarial, por meio da produção e comercialização de receptores GNSS e na utilização desses sistemas no monitoramento e rastreio de veículos.


Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: O blog fica satisfeito em saber que existem boas oportunidades de cooperação com os russos neste programa do GLONASS e torce pelo interesse das indústrias brasileiras pelo mesmo. No entanto, voltamos a insistir de que é extremamente necessário que a AEB promova um evento empresarial como este direcionado a cooperação entre empresas russas e empresas brasileiras visando o desenvolvimento de motores-foguetes de propulsão líquida. O atraso do país neste campo é enorme e precisamos priorizar este setor. O blog tem conhecimento da existência de empresas e grupos no Brasil formados por entusiasmados e altamente qualificados engenheiros aeroespaciais que esperam uma oportunidade com esta para mostrarem que são capazes de fazer o que o IAE não conseguiu realizar após quase 50 anos de programa espacial. Se quisermos ser um player importante desse clube precisamos deixar a inércia de lado e meter a mão na massa.

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