Participação Brasileira no Programa GPM


Olá leitor!

Segue uma notícia postada hoje (20/04) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando a participação brasileira no “Programa Internacional de Medidas de Precipitação (GPM-Brasil)".

Duda Falcão


Participação Brasileira no Programa
Internacional de Medidas de Precipitação


CCS/AEB
20/04/2010



O Programa Internacional Medidas Globais de Precipitação (GPM, sigla em inglês) é uma missão conjunta internacional com objetivo de entender a precipitação global e seu impacto sobre o meio ambiente. Desenvolvido pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) e pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), o GPM é aberto à participação internacional. Atualmente, a Agência Espacial Brasileira, a Agência Espacial Européia (ESA) e o Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (CNES) são alguns dos participantes.

A última ação do GPM, no Brasil, foi o Experimento Chuva, realizado no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, entre os dias 1º e 25 de março. O objetivo foi medir a precipitação de nuvens de topo quente (com temperaturas maiores que 0º Celsius). Na ocasião, cerca de 50 especialistas nacionais e de outros países, entre técnicos e pesquisadores, participaram do experimento.

Coube à AEB coordenar as atividades do Chuva, assegurar livre acesso aos dados coletados, manter um responsável por receber e avaliar os dados e, ao final, elaborar um relatório técnico. A coordenação científica do programa ficou sob a responsabilidade do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do INPE.

Os resultados preliminares do projeto serão apresentados em junho, em Helsinque, na Finlândia, no Workshop Global Precipitation Measurement (GPM) Ground Validation (Validação de Solo). A partir de então, as medidas feitas em Alcântara poderão ser usadas em modelos de estimativa de chuvas e na previsão do tempo. Segundo o responsável técnico pelo GPM Brasil, Nelson Arai, esse foi um projeto piloto. Uma segunda campanha poderá ser realizada ainda este ano, em São Luís do Paraitinga (SP). "No estado de São Paulo será medida a precipitação de nuvens de topo frio, com a presença de gelo", observa.

Estiveram presentes o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA); o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP); o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto Tecnológico Simepar; a Universidade Estadual do Ceará (UECE) e a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME). Entre as instituições estrangeiras destacaram-se a NASA; a Colorado State University (EUA) e a University of Bonn (Alemanha).

GPM - Os experimentos estão inseridos no Programa Internacional de Medidas de Precipitação (GPM), que pretende medir as precipitações usando satélites com resolução de 25km por 25km, a cada três horas, em todo o globo terrestre. Os dados coletados serão discutidos com o intuito de validar medidas de instrumentos levados a bordo dos satélites do programa GPM. O projeto prevê sete satélites. Está em análise pela AEB a possibilidade de o Brasil participar do Programa com o desenvolvimento de um satélite, com uso da Plataforma Multimissão (PMM). A PMM é uma plataforma de serviços multiuso, ou seja, um módulo que fornece todas as funções de um satélite, exceto pela carga útil. A esse módulo deverão ser adicionadas cargas úteis, com sensores ópticos ou não-ópticos, por meio de interfaces padronizadas, de forma que o conjunto constituirá um satélite operacional.

Esta é a principal missão para a pesquisa da água global disponível e do ciclo de energia. "Atualmente, as pessoas estão muito preocupadas com as mudanças climáticas. Amanhã a preocupação será com a água potável", diz Arai. Segundo ele, esse estudo é a principal missão existente para a pesquisa da água global disponível e do ciclo de energia.


Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Importante e significativo projeto na atual conjuntura climática do planeta que deveria contar com a participação mais direta do Brasil com o desenvolvimento do satélite GPM-Br. No entanto, na atual situação do PEB, um verdadeiro barco sem rumo, nada garante que este projeto de satélite possa ser mesmo realizado. Se assim for, o mesmo entrará para a classe (galeria) dos projetos vaga-lumes que de tempos e tempos surgem nos bastidores do cambaleante Programa Espacial Brasileiro. Vamos aguardar.

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