AEB Cria Grupo de Trabalho para Discutir o SGB

Olá leitor!

Segue uma notícia postada ontem (17/05) no site “www.teletime.com.br“ destacando que a Agência Espacial Brasileira (AEB) criou um grupo de trabalho com objetivo de dar continuidade ao processo de implantação do projeto do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB).

Duda Falcão

Satélite

Agência Espacial Brasileira Cria

Grupo de Trabalho para Discutir o SGB

segunda-feira,

17 de maio de 2010, 18h44

A Agência Espacial Brasileira (AEB), com o objetivo de dar continuidade ao processo de implementação do projeto Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB), publicou nesta segunda-feira, 17, no Diário Oficial a criação de um grupo de trabalho que realizará estudos sobre a viabilidade do projeto.

O estudo de viabilidade compreende a análise da documentação existente, o levantamento de novas informações e das alternativas para a realização do projeto, apresentando relatório circunstanciado sobre sua viabilidade, contendo memorial descritivo das opções do satélite, com estimativas de custos e prazos para seu desenvolvimento, construção, lançamento e operação.

O grupo é formado por membros da AEB, do Ministério de Planejamento Orçamento e Gestão, Ministério das Comunicações, Ministério da Defesa, Anatel, Comando da Aeronáutica, Ministério das Relações Exteriores, Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, Instituto Nacional de Meteorologia e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Comunicação Estratégica

Hoje o Brasil carece de um satélite próprio para comunicação militar, tráfego aéreo e meteorologia, alega o governo. Todos esses serviços, tidos como estratégicos para o País, são feitos a partir de satélites que pertencem à iniciativa privada.

O Ministério da Defesa atualmente utiliza dois transponders em banda X nos satélites C1 e C2, da StarOne. O coronel Paulo Mourão Pietroluongo, gerente da divisão de projetos especiais do Ministério da Defesa, em entrevista para a Teletime em outubro do ano passado, disse que o País em três anos precisaria de mais oito transponderes. Segundo ele, hoje o Brasil tem 40 terminais em banda X, o que não é suficiente para equipar todos os navios e aviões. A necessidade brasileira, segundo ele, é de cerca de 200 terminais em dez anos.

Atraso

O cronograma de estudos para viabilizar o SGB foi prejudicado pela troca de presidente da AEB, em 2007. Em agosto daquele ano, o então presidente da AEB, Sérgio Gaudenzi, foi deslocado para a Infraero. Assumiu interinamente Miguel Henze, que tinha outras prioridades, o que acabou paralisando o projeto até março de 2008, quando Carlos Ganem assumiu a presidência da agência.

Fonte: Site www.teletime.com.br

Comentário: Na visão do blog antes tarde do que nunca. Interessante notar também leitor que com essa oficialização da AEB, pode está correto o questionamento feito pelo companheiro jornalista André Mileski dias atrás em seu blog “Panorama Espacial” (veja a nota Telebrás no SGB?) de que com a possível reativação da Telebrás e algumas declarações do Rogério Santanna ao jornal “Correio Braziliense” do dia 13/05, levavam ao entendimento de que a Telebrás poderia a vir participar de algum modo do futuro Satélite SGB. A importância desde satélite para o país é tão inquestionável quanto é também o estrago que a política causa aos projetos científicos e tecnológicos em andamento em todas as áreas do conhecimento neste país e o caso do SGB não foge a regra. Toda vez que se muda de governo ou alguém de cargo no Brasil, paras-se tudo e opta-se pelo caminho mais longo, prejudicando o que já se foi feito e privilegiando a incompetência e irresponsabilidade administrativa. Não é por acaso que os atrasos se acumulam e com eles o atraso científico e tecnológico. Lamentável.

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