Novo Supercomputador do INPE Chega Segunda-Feira

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (30/09) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o novo Supercomputador comprado pelo instituto chega nesta segunda-feira (04/10).

Duda Falcão

Novo Supercomputador do INPE Chega Nesta Segunda-Feira

30/09/2010

Para o transporte rodoviário e aéreo, nos trechos dos Estados Unidos e Brasil, o supercomputador foi desmontado e acondicionado em 84 volumes. Cinco caminhões climatizados farão o transporte da carga entre Chippewa Falls, região norte dos Estados Unidos, até Miami, sudeste do país. No aeroporto, a carga será dividida e acoplada a 24 paletes para o transporte aéreo, num avião DC-10.

O novo supercomputador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) desembarca no aeroporto de São José dos Campos (SP) na manhã da próxima segunda-feira (4/10), às 7 horas, num vôo fretado, proveniente de Miami, Estados Unidos. O supercomputador sairá no dia 2 de outubro de Chipewa Falls, Wisconsin, Estados Unidos, onde está localizada a fábrica e a unidade de Pesquisa e Desenvolvimento da Cray Inc. e embarcará no dia seguinte (3/10), às 22 horas (23 horas, em Brasília) do aeroporto de Miami.

Logo após o desembarque no aeroporto de São José dos Campos, na manhã de segunda-feira (04/10), a carga passará pela inspeção da Receita Federal. Ainda não há previsão de quanto tempo será preciso para realizar todos os procedimentos de nacionalização da carga. Sete caminhões farão o transporte do supercomputador pela Rodovia Presidente Dutra até o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do INPE de Cachoeira Paulista, trajeto que deverá ser percorrido entre 2 e 3 horas.

Todo o transporte do supercomputador, desde o momento em que a carga for retirada da fábrica da Cray, nos Estados Unidos, até a chegada no Centro de Dados do CPTEC/INPE, será em ambiente climatizado, a uma temperatura média de 10ºC. Somente após um período de 24 horas no interior do prédio do CPTEC, para uma nova fase de climatização, será iniciada a abertura dos volumes. A montagem e a instalação do supercomputador deverão ocorrer ao longo de duas semanas, aproximadamente.

Logo após a montagem, o supercomputador será ligado, passando por um processo de customização ao longo de mais quatro semanas, e envolverá a adaptação e instalação de softwares operacionais, monitorados pelo grupo de Operação e Suporte do CPTEC. Já o processo de migração dos modelos operacionais de previsão de tempo, clima e ambiental do CPTEC, e daqueles relacionados às projeções de cenários de mudanças climáticas do Centro de Ciências do Sistema Terrestre (CCST), deverão ocorrer nos meses seguintes.

A expectativa é de que o novo supercomputador esteja processando diariamente os modelos operacionais de previsão meteorológica e ambiental no início do próximo ano.

O Novo Supercomputador

Adquirido com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o novo sistema de supercomputação será instalado no INPE de Cachoeira Paulista (SP) para utilização pelos Centros de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do próprio Instituto, além dos grupos de pesquisa, instituições e universidades integrantes da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas (Rede CLIMA) do MCT, do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas.

Este supercomputador permitirá gerar previsões de tempo mais confiáveis, com maior prazo de antecedência e de melhor qualidade, ampliando o nível de detalhamento para 5 km na América do Sul e 20 km para todo o globo. Será possível prever ainda eventos extremos com boa confiabilidade, como chuvas intensas, secas, geadas, ondas de calor, entre outros. As previsões ambientais e de qualidade do ar também serão beneficiadas, gerando prognósticos de maior resolução, de 15 quilômetros, com até seis dias de antecedência.

A nova máquina também será fundamental para o desenvolvimento e implementação do Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global, que incorporará todos os elementos do Sistema Terrestre (atmosfera, oceanos, criosfera, vegetação, ciclos biogeoquímicos, etc), suas interações e como este sistema está sendo perturbado por ações antropogênicas (por exemplo, emissões de gases de efeito estufa, mudanças na vegetação, urbanização, etc.). Este esforço envolve um grande número de pesquisadores do Brasil e do exterior, provenientes de diversas instituições, o que se constitui num projeto interdisciplinar de desenvolvimento de modelagem climática sem precedentes entre países em desenvolvimento.

O novo supercomputador irá ampliar em mais de 50 vezes a capacidade de processamento no INPE. A atual infraestrutura computacional está operando no limite de sua capacidade, o que tem impedido a incorporação de avanços já desenvolvidos nas áreas de modelagem numérica, modelagem de mudanças climáticas, assimilação de dados, química e aerossóis, atmosfera, oceanos e vegetação, que deverão trazer melhorias às previsões de tempo e clima e às simulações de mudanças climáticas.


Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Comentário: Apesar da grande relevância da compra desse Supercomputador para o setor de monitoramento climático do país e dos confetes jogados pelo texto acima, o mesmo é um equipamento complementar ao equipamento principal que é um satélite meteorológico, e na velocidade que as coisas são feitas na área espacial no Brasil esse supercomputador poderá já está obsoleto quando o satélite estiver em órbita, isto é, se algum dia existir algum satélite para ser colocado em órbita.

Comentários

  1. Os "Supercomputadores" são usados para previsão do tempo e sua aquisição é um dos negócios mais complicados da política diplomática entre os países do primeiro mundo e nós em desenvolvimento. Tudo por que o acesso a eles é BASTANTE RESTRITO, e não se vende para qualquer país. Um computador destes que faz calculos precisos também pode ser usado para se ter com precisão calculos para se montar dispositivos de destruição em massa (lê-se BOMBA ATÔMICA, BOMBA H, etc). O Brasil tem que aderir a vários tratados primeiro, e mesmo com o equipamento em mãos, existe uma vigilía total por partes dos frabricantes ou do próprio governo americano, para verificar se realmente os calculos feitos neles estão sendo usados para seu fim real e não estão desvindo o processamente para gerar as ditas armas. É nosso, mas não é nosso !

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  2. Pois é Ricardo!

    Esse é outro lado que eu não citei, tens toda razão. Porém, vamos no reter a questão meteorológica que é a que interessa. E a verdade é que nesse caso o supercomputador não resolverá o problema, pois não tem esse objetivo. O dados que o mesmo usa para seus cáculos vem de satélites e é ai que está a nossa dependência.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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