Novo Governo: O Que Será do PEB?

Caros leitores!

É chegado o momento de o povo brasileiro escolher o seu novo presidente ou mesmo escolher pela primeira vez na história do país uma mulher como presidente.

É verdade também que caso a candidata Dilma Rousseff vença as eleições (como indica todas as pesquisas), esse fato não significará realmente nada de relevante se a mesma não vier a realizar um bom governo.

A história da humanidade tem demonstrado até hoje ao povo que só existem três tipos de governos, o péssimo, o ruim e o menos ruim. O sucesso de uma nação como o de seu governo historicamente tem demonstrado está mais relacionado com o sucesso de sua classe dominante, sendo a atuação do governo um reflexo disso. Em outras palavras se a classe dominante é séria, progressiva, visionária, inteligente, competente e dinâmica você tem uma nação rica e desenvolvida, caso contrário esse quadro não é alcançado.

O Brasil é um país que foge um pouco essa regra devido ao seu gigantismo, os grandes recursos naturais e principalmente pela criatividade de seu povo, que fazem com que o país acabe crescendo, mesmo tendo governos péssimos ou ruins como no caso do governo do presidente LULA. É claro que essa comparação é feita entre os dois primeiros níveis dessa tabela, pois não há como fazer uma comparação diferente já que nunca viemos a ter um governo menos ruim.

Infelizmente vivemos um problema cultural dentro da sociedade brasileira que impede um melhor entendimento por parte do povo brasileiro (independente de classes) que não se constrói uma nação de verdade sem seriedade, competência, dinamismo e honestidade e sendo assim, isso reflete na classe política, já que é do seio dessa mesma sociedade que esses políticos saem. Dito de outra forma: Todo país tem o governo que merece.

Situando-nos agora no tema desse artigo, o Programa Espacial Brasileiro vive um dos piores momentos de sua história devido à falta de foco e de seriedade em sua condução durante os oito anos de governo do presidente LULA. É verdade que seu orçamento foi aumentado gradativamente e significamente após o acidente do VLS-1 em 2003, se levarmos em conta os irresponsáveis US$ 30 milhões do final do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No entanto, esse aumento de orçamento não veio com a mudança organizacional e de infraestrutura física e humana que o programa necessitava, além é claro de terem sido tomadas decisões políticas irresponsáveis e desastrosas (como a criação da mal engenha empresa ACS) que ajudaram a desviar o foco e sugar grande parte dos recursos que poderiam ter sido aplicados no verdadeiro programa espacial do país.

Novo ano, novo governo e as expectativas dos profissionais que atuam no programa e de todos os amantes do tema é que finalmente se dê um rumo ao barco, apesar do blog não acreditar nessa possibilidade.

O ano de 2011 é muito importante para o programa caso não haja novas mudanças, pois estão previstas importantes ações dos projetos atualmente em curso. São elas: o lançamento do satélite sino-brasileiro CBERS-3, continuidade no desenvolvimento do satélite Amazônia-1 visando seu lançamento em 2012, continuidade no desenvolvimento dos satélites ITASAT-1, Nanosatc-BR e dos outros satélites previstos no PNAE, o lançamento do VS-40/SARA suborbital, o teste do motor S-43 do VLS-1, a finalização dos testes da Torre Móvel de Integração (TMI) visando o lançamento do primeiro vôo tecnológico do VLS-1 (VLS-1 XVT-01) em 2012, continuidade no desenvolvimento dos motores L15 e L75, do foguete VS-15 e do VLM-1, lançamento do primeiro Foguete de Treinamento Avançado (FTA) da Avibrás, inicio da utilização dos foguetes FTB e FTI pela comunidade científica para testes em ambiente de microgravidade, entre outras.

No âmbito internacional, estão previsto além do usual uso do foguete VSB-30 e do VS-30/Orion no “Programa Europeu de Microgravidade” o uso de um VSB-30 no programa hipersônico HiFire (Australiano/Americano) e de um VS-40 para o lançamento do experimento alemão SHEFEX II, ambos da Austrália.

Como na vida nem tudo são confetes, na contra mão dessas ações (o lado negativo), estará à continuidade das obras do sitio de lançamento dessa mal engenhada empresa ACS, visando o lançamento do vôo de qualificação do Cyclone-4 em fevereiro de 2012. Onde até lá se prevê torrar estimáveis recursos que poderiam estar sendo aplicados no verdadeiro PEB.

Em resumo caros leitores, em resposta a pergunta que intitula esse artigo, o mais prudente seria dizer: Só Deus sabe.

Duda Falcão

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