AEB Recebe Visita de Delegação Sueca

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (25/05) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que a AEB recebeu um delegação sueca composta pelo presidente da Agência Nacional Espacial Sueca (SNSB) e pelo diretor da Corporação Espacial Sueca (SSC).

Duda Falcão

AEB Recebe Visita de Delegação Sueca

AEB
25-05-2012

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, recebeu na última quarta-feira (23), a visita de uma delegação Sueca, composta pelo Presidente da Agência Nacional Espacial Sueca (SNSB), Sr. Olle Norberg, e pelo diretor da Corporação Espacial Sueca (SSC), Sr. Stefan Gardefjord. O tema do encontro foi à possibilidade de aprofundamento das relações entre Brasil e Suécia na área espacial.

Como os tópicos da reunião incluíam a participação sueca no Veículo Lançador de Microsatélites (VLM-1), foi necessária a presença da parte alemã, representada pelo Prof. Félix Hueber do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), parceira do Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica (DCTA) no referido projeto.

As discussões, no entanto, não se limitaram ao projeto do VLM-1. Ainda foi tema do encontro à possibilidade de participação dos dois países na elaboração de experimentos científicos em ambiente de microgravidade, por meio de foguetes de sondagem, de experimentos em balões estratosféricos, de pesquisas da anomalia do campo magnético da Terra; em pesquisas científicas sob o uso pacífico do espaço e sobre experimentos tecnológicos em satélites. Também foi abordada a possibilidade de intercâmbio de pesquisadores e estudantes dos dois países por meio do programa Ciência Sem Fronteiras.

Participaram  do encontro  pela AEB do encontro o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento, Thyrso Villela, o diretor de Transportes Espaciais e Licenciamento, Nilo Andrade, o diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos, Himilcon Carvalho e o  chefe da Assessoria de Cooperação Internacional, José Monserrat Filho. Pelo DCTA estiveram presentes o chefe das Relações internacionais, Cel. Medeiros, o Sub-Diretor de Espaço do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/DCTA), Cel. Santana Jr e o Dr. Luís Loures, Gerente do VLM-1.


Fonte: Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Essa notícia e muito boa, e já prevíamos que essa delegação composta por suecos e alemães que já haviam visitado o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) em São José dos Campos (SP), iria a Brasília para discutir essa parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). Entretanto, o envolvimento da Suécia no projeto do VLM-1 já era esperado e comentado aqui no blog em novembro do ano passado (veja a nota: “Brasil e Alemanha,  Uma Parceria de Sucesso”), mas as outras possibilidades discutidas entre essa delegação e a AEB não eram do conhecimento do blog e elas são muito bem vindas, e diria até muito desejadas, não só com a Suécia e Alemanha, como também com países como Rússia, Japão, China, Argentina, França, Ucrânia, EUA, etc... Porém, o resultado exitoso ou não desse possível acordo com a Suécia, ou com qualquer dos outros países citados acima, dependerá exclusivamente de como o Governo DILMA atuará perante o PEB nos seus últimos dois anos de governo. E é ai caro leitor que a coisa pega, infelizmente.

Comentários

  1. Olá, muito provavelmente a participação sueca se trata de um pequeno propulsor de propelente líquido a ser instalado sobre o motor S-44, caracterizando-se como uma das várias versões de 'upper-stage' propostas para o VLM-1.
    Uma vez desenvolvido o VLM e suas versões de desempenho melhorado, creio que não sejam mais necessários os VLS-1 tradicionais, podendo-se até encerrá-los de vez.
    abraços

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  2. Olá Raul!

    Você está certo quanto ao uso do propulsor de propelente líquido sueco pelo VLM-1. Entretanto a idéia é que isso só aconteça quando a missão for de origem européia, como no caso do SHEFEX III. Já quando a missão for exclusivamente brasileira, a idéia do IAE é utilizar o motor L5 ou o L15, dependendo da missão.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  3. Hmm.. muito interessante saber de uma aplicação real para o L5 e L15 (real digo o que não seja um vôo de teste num veículo de sondagem de pequeno porte).
    Até onde eu pude ver nas imagens até agora disponíveis do VLM-1, me parece que o L5 ou L15 serão utilizados no lugar do S44, no terceiro estágio, permanecendo o veículo tipicamente tri-estágio, mais simples e barato que um de quatro.
    Saberia me dizer o incremento em carga útil que resultará da utilização de um motor de propelente líquido no terceiro estágio?
    abraços

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  4. Olá Raul!

    Exatamente amigo, esses motores serão utilizados para substituir o antigo motor sólido S44, não só no VLM-1, como também no VLS-1. Afinal, como foi colocado para mim por um renomado servidor do IAE, que se o VLS-1 demonstrar ser um foguete confiável, não há razão para não utilizá-lo em missões do tipo da "Sara Orbital", principalmente porquê o VLM-1 não terá capacidade de lançar essa plataforma em órbita devido ao seu peso. Agora, quanto a sua pergunta Raul, infelizmente amigo eu não tenho essa resposta.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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