NASA Começa a Construir Nave para Missões de L. Duração

Olá leitor!

Segue abaixo uma interessante nota postada hoje (15/08) no site “Inovação Tecnológica” destacando que a NASA começa a construir uma nave para missões de Longa Duração.

Duda Falcão

Espaço

NASA Começa a Construir Nave
para Missões de Longa Duração

Redação do Site Inovação Tecnológica
15/08/2012

Imagem: NASA
Conceito da espaçonave para viagens a asteroides, à Lua ou a Marte

Sobrevivência no Espaço

A NASA deu início a um novo projeto para desenvolver uma "casa espacial", um habitáculo onde astronautas possam viver em missões com duração de até um ano.

O habitáculo será a parte principal de uma nave para sustentar missões além da órbita baixa da Terra.

Missões desse tipo estão sendo planejadas para estudar asteroides e a Lua, mas também poderão ser utilizadas para ir até Marte.


O Deep Space Habitat - habitáculo do espaço profundo, em tradução livre - deverá fornecer aos astronautas acomodação, local de trabalho, exercícios e recreação, além dos laboratórios.

Experiência Espacial

A Estação Espacial Internacional tem tudo isso, e os astronautas têm vivido por lá em missões de seis meses há alguns anos.

Contudo, a Estação Espacial é enorme, com várias acomodações - o novo habitáculo está para a Estação assim como um trailer está para um hotel.

Mas o ponto de partida será justamente aquilo que já se aprendeu com a Estação Espacial.

O primeiro protótipo usará a casca externa dos laboratórios atualmente em uso na Estação, e um módulo chamado MPLM (Multi-Purpose Logistics Module), uma verdadeira nave sem motores, que era usada para levar grandes cargas a bordo dos ônibus espaciais.

Imagem: NASA
O projeto deverá seguir ritmo acelerado, uma vez que serão aproveitados módulos
que já estão em operação, sobretudo na Estação Espacial Internacional

Nave Completa

O protótipo está atualmente sendo montado no Centro Espacial Marshall, devendo conter três elementos básicos:

Um laboratório padrão da Estação Espacial e um MPLM - juntos, eles fornecerão o volume pressurizado necessário para acomodação e trabalho;

um túnel para interligação dos elementos, contendo um espaço de despressurização, para permitir atividades extraveiculares; e

um veículo de exploração espacial multi-missão (MPCV: Multi-Purpose Crew Vehicle) para atividades exploratórias de curto alcance.

O conjunto todo deverá ter 4,9 metros de diâmetro e 17 metros de comprimento.

A nave final deverá conter ainda uma nave Órion - sobrevivente do extinto projeto Constellation - e um estágio de propulsão, para que ambos tenham mobilidade autônoma. Os dois não serão incluídos neste protótipo porque o objetivo agora é testar as condições de habitabilidade, e nave e motorização não são essenciais nesse quesito.


Fonte: Site Inovação Tecnológica

Comentário: Pois é leitor, essa notícia já está mais dentro da realidade, já que como vinha sendo divulgado pela mídia, a possibilidade dessa viagem além da órbita da LUA (o chamado espaço profundo) e fora da proteção do campo eletromagnético da TERRA, estava mais para ficção científica do que qualquer outra coisa. Entretanto, existem ainda enormes dificuldades que precisarão ser resolvidas na área de propulsão (coisa que pela matéria ficará para depois) e principalmente na área de proteção contra a radiação interplanetária e outras que possam existir (escudo), já que com a propulsão química disponível e sem uma proteção adequada para enfrentar o desconhecido meio interplanetário e suas adversidades, a possibilidade de uma viagem como essa se tornar um tremendo desastre é imensamente grande. Para tanto, a NASA ainda terá de desenvolver um motor capaz de realizar uma viagem como essa num menor tempo possível e colher dados que permitam desenvolver um escudo de proteção confiável e efetivo. Na área de propulsão (o Propulsion Stage apresentado no projeto), muito provavelmente a tecnologia empregada deverá ser a de propulsão a plasma (iônica), já em desenvolvimento para a NASA pela empresa Costariquena/Americana AD ASTRA, ou a de propulsão nuclear. Quanto ao escudo, diversos dados sobre o espaço interplanetário terão ainda de ser colhidos através de equipamentos instalados em sondas interplanetárias, para que então a NASA tenha o subsídio necessária para o desenvolvimento desse escudo. É preciso lembrar que está em órbita dentro da ISS e sob a proteção do campo eletromagnético da TERRA é uma coisa, já no espaço interplanetário é outra completamente diferente. Em outras palavras, a experiência na ISS, nesse sentido, não serve como parâmetro. Enquanto isso no Brasil, a realidade de nosso programa espacial está infelizmente diretamente ligada a presidente DILMA ROUSSEFF e a seus energúmenos de plantão.

Comentários

  1. Uma missão deste tipo requer um lançador de 100 toneladas ou mais ( igual o saturno V ) a nasa ainda está desenvolvendo o foguete gigante SLS e a nave órion enfrenta cortes no orçamento e corre o risco de ser cancelada ( o módulo de serviço possivelmente será feito pela agência européia baseado neste mesmo módulo da nave ATV ) as dificuldades em ir a um asteróide próximo e marte são maiores do que o projeto apollo ( propulsão iônica , radiação interestelar etc.. ) ...a india vai lançar sua primeira missão a marte e nós ficaremos vendo o absurdo foguete ucraniano cyclone 4 decolando e o vls (um foguete 100% nacional) ignorado.

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  2. Olá João Paulo!

    Tens razão amigo, é frustrante e com esse governo dificilmente as coisas irão mudar.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  3. poderiamos desenvolver varias tecnologias em uma futura estação espacial brasileira ( pena que o cruzeiro do sul era um mero powerpoint )

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  4. Olá João Paulo!

    O Programa Cruzeiro do Sul foi um sonho idealizado por um grupo de visionários capitaneados pelo Paulo Moares Jr. (Presidente da Associação Aeroespacial Brasileira (AAB), servidor do IAE e coordenador desse programa) que era perfeitamente realizável, caso tivesse existido o apoio do governo, mas que hoje está limitado ao desenvolvimento do VLS Alfa e Beta, e mesmo assim com poucas chance de serem concretizados. Uma pena, mas enfim.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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