AEB Exibe em seu Site Mais Um Convênio do PEB

Olá leitor!

Agência Espacial Brasileira (AEB) publicou hoje (02/10) em seu site mais um convênio, este relacionado como o Projeto do VLM-1, visando expandir o escopo de trabalho do Grupo de Engenharia de Sistemas do IAE. Abaixo segue o convênio como publicado no site da AEB.

Duda Falcão

CONVÊNIO: Veículo Lançador de Microsatélite – VLM

Código do Programa: 2040220120004
Órgão: 24000 - MINISTERIO DA CIENCIA, TECNOLOGIA E INOVACAO
Órgão Vinculado: 20402 - AGENCIA ESPACIAL BRASILEIRA - AEB
Órgão Executor: 20402 - AGENCIA ESPACIAL BRASILEIRA – AEB
Tipo de Instrumento: Convênio
Qualificação da Proposta: Proposta Voluntária
Programa atende a: Entidade Privada sem fins lucrativos
Áreas de Atuação da Entidade Privada: 14.1 - Desenvolvimento Científico / 14.2 - Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia / 14.3 - Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico
Nome do Programa: 2056 - Política Espacial
Descrição: O Veículo Lançador de Microsatélites (VLM-1) é um foguete destinado ao lançamento de cargas úteis espaciais ou microssatélites (até 150 kg), nanosatélites e picosatélites em órbitas equatoriais e polares ou de reentrada. Sua configuração básica é composta por três estágios a propelente sólido: dois estágios S50 de 11 toneladas de propelente e um estágio orbitalizador com o motor S44 (idêntico ao estágio orbitalizador do VLS-1). Esta proposta visa expandir o escopo de trabalho do Grupo de Engenharia de Sistemas do IAE.

Período de recebimento de Proposta Voluntária do Programa:

Data início Recebimento de Propostas: 02/10/2012
Data fim Recebimento de Propostas: 17/10/2012



Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentários

  1. Eu não entendi. O IAE pretende terceirizar alguns serviços de engenharia para o VLM-1, é isso?

    abraços

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  2. Olá Raul!

    Veja bem amigo, eu também não entendi muto bem o que significa esses convênios, mas a explicação sobre o que eles significam (um pouco confusa em minha opinião) foi postada por mim na nota "AEB Exibe em seu Site Três Importantes Convênios do PEB" de setembro, confira.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  3. Oi PessoAll,

    Analizando o objetivo dos convênio divulgados e considerando as limitações impostas pelo modelo de administração pública Brasileiro, só posso concluir que seja uma tentativa de escapar dessas limitações.

    O mais provável, considerando o texto da última frase deste convênio: "Esta proposta visa expandir o escopo de trabalho do Grupo de Engenharia de Sistemas do IAE", seja que eles estão tentando terceirizar serviços, evitando toda a burocracia de mais um concurso público. Reparem também que todos os convênios atendem uma: "Entidade Privada sem fins lucrativos" ???

    Como temos acompanhado, só agora estão sendo divulgadas as notas do último concurso público para pessoal desta área, e sabe-se lá quando eles poderão ser efetivados, afinal estamos em época de eleição, e a prioridade acaba ficando com aqueles cargos de "indicação política"...

    Mais uma vez observo que eles tentam tocar em paralelo vários projetos sem conexão imediata entre si. Claro que a longo prazo, eles fazem até sentido juntos, mas estamos a mais de 5 décadas tentando colocar um satélite nacional usando lançador nacional em órbita sem sucesso. E observando esses "convênios" eu não vislumbro que esse objetivo relativamente simples, considerando o estágio do que já temos desenvolvido, seja alcançado.

    Vejamos um resumo desses convênios:

    1 - Visa realizar a batimetria (mapeamento de relêvo) do leito do rio e a modelagem física e eletrônica do terminal portuário para atender a base de Alcântara no que diz respeito ao projeto da ACS.

    2 - Dar continuidade ao desenvolvimento do lançador VLS-1, contemplando: testes com o Mockup para ensaio de interfaces e das redes elétricas, além do lançamento dos protótipos VSISNAV, XVT 02 e V04.

    3 - Obtenção dos primeiros modelos dos componentes do Motor Foguete a Propulsão Líquida L75, permitindo a realização dos ensaios de desenvolvimento necessários para a confirmação dos parâmetros do projeto.

    4 - Expandir o escopo de trabalho do Grupo de Engenharia de Sistemas do IAE para permitir o desenvolvimento do Veículo Lançador de Microsatélites (VLM-1).

    Então temos o desenvolvimento de dois lançadores de combustível sólido com objetivos e especificações bem diferentes, um motor a combustível líquido para fazer parte de um outro modelo de lançador no futuro, e estudos para obras de engenharia engenharia civil num futuro terminal portuário. Isso sem contar que todos esses projetos são necessidades conhecidas e já deveriam, no mínimo, estar em andamento a um bom tempo.

    Vamos aguardar alguns meses e voltar aqui para avaliar o progresso dessas 4 iniciativas, se bem que, em relação a datas, o que sabemos é que o final da entrega de propostas, está previsto para meados de Outubro. Espero que sejam divulgadas depois as datas de início e fim da EXECUÇÃO de cada uma dessas atividades.

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  4. Olá Marcos!

    Estudando com mais atenção esses convênios cheguei a conclusão que você talvez esteja com a razão quando diz que é uma tentativa da AEB para escapar das limitações impostas pelo Modelo de Administração Pública Brasileiro, ou seja, mais especificamente da Lei Nº 8.666, de 21 DE junho de 1993, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, e que é um dos grandes entraves para o PEB e para o setor de ciência e tecnologia brasileiro como um todo.

    Entretanto, todos os projetos citados nos convênios tem objetivos muito claros e bem definidos.

    O do porto visa obras essenciais para essa infra-estrutura do Centro de Lançamento, mesmo que esteja sendo feito pelo motivo errado.

    O do VLS-1 visa a qualificação de um foguete para lançamentos de minisatélites entre 150 e 350 kg dependendo da órbita.

    O do motor L75 visa o desenvolvimento de peças para esse motor que é fundamental para o desenvolvimento do VLS Alfa e Beta, veículos lançadores necessários para completar a força tarefá de lançadores que possam cumprir todas as demandas de satélites previstas do Programa Espacial Brasileiro, com exceção dos satélites geoestacionários.

    O do VLM-1 visa o desenvolvimento de um foguete para atender a atual e futuras demandas do PEB de cubsates, nanossatélites e microssatélites de até 150 kg.

    Assim sendo, todos esses projetos são de suma importância para o PEB, e com exceção das obras do porto, todos já estão em andamento a muito tempo, apesar de realmente estarem atrasados, muito devido ao que já foi exaustivamente debatido aqui e também em parte por causa dessa LEI Nº 8.666.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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