INPE e CTI Garantem Excelência da Urna Eletrônica

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (05/10) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o desenvolvimento da Urna Eletrônica brasileira teve como precursores o INPE e o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), em Campinas (SP).

Duda Falcão

Unidades de Pesquisa do MCTI
Garantem Excelência de Urna Eletrônica

Ascom do MCTI
Sexta-feira, 05 de Outubro de 2012

O desenvolvimento da urna eletrônica, hoje referência mundial para vários países (Argentina, Colômbia, Equador, Estados Unidos, França, Inglaterra, México, Paraguai, Rússia e República Dominicana), teve como precursores dois institutos de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI): o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), e o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), em Campinas (SP).

O reconhecimento do papel do MCTI neste processo vem do próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O coordenador de Logística do TSE, Rafael Azevedo, recordou que a participação do ministério no processo de informatização do sistema eleitoral brasileiro, iniciado em 1993, teve a participação do INPE, que atuou no processo de especificação dos ambientes computacionais e de redes de computadores da Justiça Eleitoral.

Durante a eleição para governador de São Paulo, em 1982, o CTI Renato Archer realizou o primeiro teste da urna eletrônica, que introduziu o sistema touch screen, que identificava os eleitores pela leitura de códigos de barra. O INPE apresentou modelo similar em 1996. Nas eleições desse mesmo ano, a urna foi utilizada por 1/3 do eleitorado brasileiro. “Como essa participação rendeu bons resultados, o INPE foi então chamado a integrar a equipe técnica que especificou as urnas eletrônicas brasileiras e participa até hoje deste processo”, contou o coordenador de Logística do TSE.

Em 2002, a Unicamp emitiu um laudo que atestava a confiabilidade, robustez e agilidade da urna eletrônica. Nas eleições municipais de 2008, São João Batista (SC), Colorado D’Oeste (RO) e Fátima do Sul (MS) foram as primeiras cidades a contar com a biometria no processo de votação.

Em março de 2008, o TSE promoveu a 2ª Edição dos Testes Públicos de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação. Durante três dias, 24 investigadores, distribuídos por nove grupos, estiveram na sede do tribunal, em Brasília, para apresentarem e executarem planos de ataque’ aos componentes externos e internos da urna eletrônica, com o objetivo de contribuir com o aperfeiçoamento do software e do hardware do sistema. Participaram dos testes profissionais liberais, acadêmicos, pesquisadores, além de representantes de órgãos públicos e de instituições científicas, com apoio do CTI, do INPE e da Universidade de Brasília (UnB).

A expertise do INPE na área de informática foi determinante para que a unidade de pesquisa contribuísse com a modernização da Justiça Eleitoral. O coordenador da Cooperação TSE-INPE e engenheiro eletrônico, Antônio Esio Salgado, comentou que "em nossa missão espacial, no segmento solo, existe uma grande dependência de rede de computadores e o INPE foi um dos primeiros órgãos nacionais a ter a sua própria rede de computadores".

Para desenvolver pesquisas em áreas prioritárias, como meteorologia, sensoriamento remoto, de observação da terra, ciências espaciais e atmosféricas, o INPE teve de se especializar em microinformática, a mesma tecnologia utilizada para a urna eletrônica.

O mesmo laboratório do INPE que realiza testes para satélites e atende a indústria eletrônica, também se dedica a novas experiências com a urna. O novo modelo, que conta com dispositivo para identificação biométrica, passou por testes no instituto em 2010.“É para saber se a urna eletrônica causa algum prejuízo para um eleitor que usa marcapasso, por exemplo, ou se algum sinal externo afetaria o seu funcionamento”, acrescentou Antônio Esio.


Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Comentário: Ora leitor, isso demonstra uma vez mais como o desenvolvimento da tecnologia espacial pode ser útil para sociedade em várias áreas do conhecimento, mas enfim...

Comentários

  1. Compreendo. Mas prefiro o sistema de 3ª geração usado na Argentina, onde o eleitor recebe um cartão "chipado" e faz a votação, que aparece escrita depois no cartão e os dados ficam impressos no chip. Caso haja erro ele pode rasgar o cartão e pedir outro.

    Depois de tudo é contada a votação e pode-se confirmar pela parte escrita.

    Aqui a pessoa vota, e se votar errado e não tem como corrigir. As vezes a fotografia não corresponde ao candidato eleito. Sem contar com os "representantes" dos partidos que se encontram fora das urnas tentando convencer eleitores as vezes comprando votos. E as campanhas mediáticas sem nexo para manipular a população que nos vão acordando pelas manhãs... enfim, falta bastante para se aperfeiçoar o sistema de votação. Mas o INPE está de novo de parabéns!

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  2. Exatamente Israel,

    De todas as urnas de terceira geração que vi, a dos hermanos é disparada a melhor !

    Sem colocar em discução a competência do pessoal do INPE em relação aos testes e tal, essa urna é o fim da picada...

    Seguem algumas pinçadas das minhas pesquisas:

    O único País além do Brasil que usava esse tipo de urna eletrônica, a Índia, a abandonou no ano passado.

    Agora o Brasil é o ÚNICO País do mundo que usa esse tipo de urna comprovadamente insegura.

    Você acha que sabe onde o seu voto vai parar. Mas nunca vai poder ter certeza.

    Urnas Abertas para Fraude

    O mais incrível é que a empresa que fornece as máquinas e os programas para as nossas eleições é AMERICANA ! Mas lá, eles nem pensam em usar essa bugiganga.

    A urna Americana que eles não usam

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  3. O sistema americano não é mais confiável do que esse. Quem não lembra do imbróglio da recontagem dos votos na eleição do Bush, onde, quem teve mais votos não ganhou a eleição. Não é porque o modelo americano de perpetuamento do sistema dominante que predomina desde os primórdios desta nação, significa que ela faz tudo da forma mais correta, transparente e segura do mundo.
    Como dizem muitos, o sistema americano sempre teve mecanismos para que o sistema nunca fuja do controle das correntes dominantes que são baseadas em grupos não muito distintos.

    Além do que os EUA é uma federação de fato não uma de aparências como a brasileira onde os estados fazem suas próprias leis, muitas delas muito discutíveis.

    Mesmo assim, muitas regiões por lá também já usam um sistema de urnas eletrônicas e os cidadãos podem até votar antecipadamente em seus candiados via correios. E muitas regiões da Europa o sistema de votação é via internet, como no caso da Suiça.

    Também não confio totalmente na urna eletrônica, obviamente que deveria existir um sistema de contraprova. Mas não acho que deva se descartar totalmente, mas sim aperfeiçoar o sistema.

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