CLBI Rastreia Foguete Soyuz Lançado da Guina Francesa

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (26/06) no site do “Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI)” destacando que o centro participou do rastreamento do foguete russo Soyuz-Fregat que lançou dia 25/06 do Centro Espacial Guianês (CSG), na Guiana Francesa, os quatro satélites da Constelação O3B.

Duda Falcão

Mais Uma Participação do CLBI no Cenário
Internacional: Rastreamento do Gigante Russo

26/06/2013

Às 6 horas da manhã do dia 25 de junho, o CLBI estava guarnecido e apontava as suas antenas em direção ao gigante russo estacionado em Sinnamary, na Guiana Francesa, após um dia inteiro de testes entre as 6 estações da cadeia operacional equatorial, preparadas para o rastreamento do veículo Soyuz, lançado a partir do Centro Espacial Guianês (CSG). Às 16:25 o veículo foi lançado e rastreado pela Barreira do Inferno.

Além de Galliot (Guiana Francesa), Ascension (Atlântico sul), Libreville (Gabão) e Malindi (Quênia), mais uma estação compôs a cadeia de rastreamento: Perth (Hawaí). Esse conjunto de estações trabalhando em sincronismo permitiu ao nosso cliente compreender a viagem do veículo em torno da terra, com dupla visibilidade para alguns meios e a ejeção dos satélites passageiros.

Para executar este primeiro rastreamento do Soyuz equatorial, a estação de Natal foi a que mais sofreu modificações, tendo recebido franceses e russos para complementar os trabalhos. Novos equipamentos foram instalados no sítio do CLBI e todos os procedimentos operacionais existentes tiveram que ser reeditados para incluir o modo de recepção das Telemedidas Soyuz – Fregat.

O lançador Soyuz, composto de 3 estágios, já foi lançado quase duas mil vezes pela Agência Espacial Russa, desde a sua versão original. Para os lançamentos equatoriais, o terceiro estágio foi modificado para receber o motor Fregat, com 4 câmaras de combustão a querosene reagindo com oxigênio líquido, o que aumentou significativamente o desempenho geral do veículo. Com este novo arranjo, o lançador ficou com um comprimento de 46,2 m, um diâmetro de 10,3m e massa ao solo de 308 toneladas.

Os 4 satélites passageiros destinados às órbitas de 8 mil Km de altura são os primeiros a integrar a constelação O3B, cujas características permitirão:

* Uma maior cobertura de internet em regiões da América Latina, Oriente Médio, Ásia, Austrália e África (quase 180 países);

* Aumentar a velocidades de download para até 1.2Gbps, ou seja, conexões com qualidade similar ao serviço do Google Fiber; e

* Uma redução dos custos de banda larga em até 95% nos locais onde hoje seu uso é extremamente caro.

Apesar do modo de operação atípico, a equipe brasileira mostrou-se sólida o suficiente para lidar com as mudanças e garantir o rastreamento impecável desse verdadeiro gigante russo!



Fonte: Site do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) 

Comentários

  1. O triste é saber que os russos propuseram ao governo brasileiro uma parceria e tinham intenção de lançar os foguetes de Alcântara....eles construiriam toda infra estrutura além de compartilhamento tecnológico, inclusive o Brasil foi convidado a participar do projeto Angara, mas preferiram criar a ACS..........triste fim.

    Miraglia
    www.edgeofspace.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é Eng. Miraglia!

      Esse foi mais um exemplo de como a política feita no Brasil prejudica o desenvolvimento do país. A sociedade preciso aproveitar esse momento que vivemos agora para fazer essa reflexão, caso contrário, a mudança se vier, só será a da troca do lado da moeda.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

      Excluir

Postar um comentário