Seminário Discute Como Transformar Conhecimento em Riqueza Produtiva

Olá leitor!

Segue abaixo a nota postada ontem (23/08) no site da Força Aérea Brasileira (FAB) destacando que seminário promovido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) discutirá como transformar Conhecimento em Riqueza Produtiva.

Duda Falcão

TECNOLOGIA

Seminário Discute Como Transformar
Conhecimento em Riqueza Produtiva

Instituto de Aeronáutica e Espaço
Responsável: Janaina 
telefone 12 3947-5122
23/08/2013 - 14h17

Como transformar boas ideias e pesquisa de alta tecnologia em inovação para o setor produtivo? Esta é uma das metas do 7º Seminário de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento e Tecnologias Associadas a Veículos Espaciais (SePP&D). O evento promovido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), órgão vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), será realizado entre os dias 11 e 13 de setembro em São José dos Campos (SP). As inscrições são gratuitas, encerram no dia 1º de setembro e podem ser realizadas pelo site www.iae.cta.br/sepped.

Em sua sétima edição, o seminário que deve reunir 200 pessoas se consolida como um fórum para disseminação de alta tecnologia do setor aeroespacial por meio do intercâmbio de informações e experiências. Os projetos apresentados são resultado de pesquisas concluídas no último ano. O evento também apresenta os avanços e dificuldades dos projetos em andamento financiados com recursos da Ação 20VB da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Além das apresentações serão realizadas duas oficinas sobre tecnologias críticas para o setor espacial e transformação de tecnologia desenvolvida em inovação com aplicação comercial.

Transformar tecnologia em riqueza – A novidade deste ano é o workshop “Spin-offs do Programa Espacial Brasileiro”. A iniciativa do instituto pretende identificar e discutir os mecanismos pelos quais tecnologias desenvolvidas no setor aeroespacial podem ser transferidas para o setor produtivo, beneficiando outras áreas da economia do país. “Transformar tecnologia desenvolvida em inovação não é fácil. Estamos buscando um modelo para aproximar a pesquisa do setor privado por meio de um canal de comunicação mais efetivo”, explica o coordenador do workshop, Carlos Alberto Alves Cairo, doutor em engenharia de materiais.

A oportunidade vai permitir a discussão, a troca de conhecimento e a identificação de ações que possam facilitar o processo de aproximação entre a pesquisa e o setor produtivo, transpor obstáculos tecnológicos e fornecer subsídios necessários para os avanços da área no Brasil. “Vamos propor ações que possam facilitar a transformação do conhecimento em riqueza”, exemplifica.

Tecnologias críticas - O workshop “Tecnologias Críticas para o Setor Espacial” dará continuidade às oficinas sobre Tendências Futuras para Veículos Lançadores, realizados em 2011 e 2012. De acordo com o coordenador, professor doutor Francisco Cristovão Lourenço de Melo, a troca de experiências entre os profissionais direta e indiretamente envolvidos é fundamental na área de pesquisa. “Ninguém faz pesquisa para si próprio. O pesquisador vive de buscar novas informações para a ciência avançar”, afirma o professor.

O encontro pretende reunir especialistas das diversas áreas tecnológicas para debater o tema, determinar as tecnologias críticas a serem priorizadas e levantar possíveis soluções. Além disso, oferecerá suporte para estudos de elementos críticos para acesso ao espaço, devendo produzir recomendações para investimentos na área. “Os materiais desenvolvidos podem ser aplicados em diversos setores da indústria”, explica o coordenador. Um exemplo é a cerâmica para blindagem balística que pode ser aplicada em coletes à prova de balas, na aviação e também na indústria civil ou até proteger satélites. “A gente precisa estar em contato com uma gama enorme de pesquisadores para trocar informações”, complementa.

O que são tecnologias críticas? São aquelas tecnologias essenciais para o desenvolvimento de um determinado produto. Quando um país não domina, fica a mercê de outros. Essas tecnologias nem sempre são comercializadas. Quando são, além de custar caro, podem sofrer embargos e restrições por serem consideradas estratégicas.

O que é Spin-offs? O termo inglês é utilizado para descrever uma empresa que nasce normalmente dentro de um centro de pesquisa com o objetivo de explorar um novo produto ou serviço de alta tecnologia.


Fonte: Site da Força Aérea Brasileira (FAB)

Comentário: Bom caro leitor, se entendermos o título dessa nota (escrita pela competentíssima Sra. Janaína Pardi Moreira do IAE) como uma pergunta, eu diria que, com o atual nível de comprometimento do Governo Federal e do Congresso para com o nosso programa espacial, não há como transformar efetivamente conhecimento em riqueza produtiva, a não ser em alguns poucos projetos pontuais, como, aliás, tem acontecido. Entretanto, já participei de uma versão desse evento em abril de 2011 (5º SePP&D - veja aqui) e voltei de lá impressionado com que vi, ao mesmo tempo que decepcionado e revoltado com o desperdício de conhecimento não aproveitado devido a falta de apoio governamental a esses profissionais que ainda trabalham para o PEB (sabe Deus por mais quanto tempo). Acredite senhor leitor, se o PEB tivesse o apoio e o comprometimento que a NASA recebe (em todas às áreas) do Governo e Congresso americano, tenha certeza, a situação do Brasil seria hoje outra completamente diferente. Sugiro aos profissionais do setor (que ainda não conhecem esse evento) que participem, pois é uma grande oportunidade não só para saber sobre as atuais iniciativas brasileiras nessa área, como também um excelente ambiente para troca de figurinhas.

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