IPT inaugura Laboratório Para o Setor Aeroespacial

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (15/05) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) inaugura nesta sexta-feira (16/05) laboratório para o Setor Aeroespacial.

Duda Falcão

IPT Inaugura Laboratório
Para o Setor Aeroespacial

Ascom do IPT


Brasília, 15 de maio de 2014 – O desenvolvimento de projetos aeroespaciais complexos, como o de grandes estruturas em fibra de carbono, hoje só disponível por meio de parcerias com laboratórios de pesquisa no exterior, começa a se tornar realidade no Brasil.

As empresas do setor aeroespacial já instaladas no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP) serão as primeiras beneficiárias da infraestrutura tecnológica do Laboratório de Estruturas Leves (LEL), que será inaugurado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) nesta sexta-feira (16).

“As novas ferramentas garantem rapidez de produção e qualidade da peça final”, afirma o diretor do LEL, Hugo Resende. O espaço, segundo ele, está equipado com ferramental que permite produzir estruturas planas ou de pequena curvatura, de até 12 metros de comprimento por quatro metros de largura, enquanto outro viabiliza componentes cilíndricos de até três metros de diâmetro e quatro metros de comprimento.

Resende informa que também será possível investigar métodos automáticos de junção de chapas metálicas, visando diminuição significativa de peso e melhoria da qualidade final das peças.

O diretor do Parque, Horácio Forjaz, que trabalhou por quase 30 anos na Embraer, diz que neste espaço a empresa poderá testar técnicas de produção de avião inteiramente em material composto. “São equipamentos capazes de reproduzir o tamanho de uma fuselagem inteira de uma aeronave”.

Benefícios - Uma das características importantes do LEL, segundo Forjaz, é o funcionamento dentro do conceito de laboratório multiusuário, abrindo perspectiva de acesso a técnicas e recursos sofisticados para pequenas e médias empresas. O acesso a essas ferramentas tecnológicas no país, segundo ele, está restrito hoje às grandes empresas.

O laboratório, que teve investidos R$ 46,7 milhões e foi financiado com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), IPT, governo de São Paulo e prefeitura local, apoiará o desenvolvimento de projetos estruturantes para a indústria aeronáutica, nas áreas de materiais metálicos avançados, tecnologia de compósitos (feitos de polímeros com reforço de algum tipo de fibra) e processos de laminação automatizados.

Embora os setores aeronáutico e aeroespacial sejam os usuários com maior interesse no incremento de estruturas mais resistentes, com menor peso e custo, as ferramentas tecnológicas disponíveis no LEL também têm aplicação nas indústrias automobilística, autopeças, petróleo e gás, geração e transmissão de energia elétrica.

As estruturas leves são feitas a partir de materiais metálicos, como o aço, o alumínio ou o titânio, compósitos e híbridos (combinação dos dois tipos de materiais).

Ampliação - O Parque Tecnológico de São José dos Campos abriga hoje 45 instituições, entre universidades, órgãos do governo federal e empresas. “Em breve estaremos definindo a escolha de mais 15 empresas de base tecnológica, que ficarão instaladas no segundo centro empresarial do Parque”, informa Forjaz. O local tem capacidade para abrigar 52 empresas.

A expansão do parque também será impulsionada com a inauguração da sede da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), em São José dos Campos, prevista para este mês. A instituição construiu um prédio de 22 mil m², com capacidade para atender 1800 alunos nos níveis de graduação e pós-graduação. Os investimentos da no campus do Parque são estimados em R$ 62,5 milhões.

A Universidade do Estado de São Paulo (UNESP), que já opera um curso de engenharia ambiental no local, discute a possibilidade de transferir para a área o Instituto de Estudos de Ciências do Mar, segundo Forjaz.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), segundo o diretor, também planeja se instalar no Parque numa área de 1.340 m², dentro de três a quatro anos.

Na inauguração do LEL também será assinado um contrato para um projeto de pesquisa entre o IPT e a Embraer no âmbito da ação piloto da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII).

A cerimônia terá a presença do diretor-executivo do BNDES, Julio Cesar Ramundo, do secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Nelson Baeta Neves Filho, do vice-presidente executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer, Mauro Kern Jr, e do diretor-presidente do IPT, Fernando Landgraf.


Fonte: Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentários

  1. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas laboratórios como esse e tantos outros que já temos, para que não se tornem "elefantes brancos", precisam de uma coisa chamada DEMANDA.

    Vejam o exemplo dos 12 estádios dessa malfadada Copa. Vão ficar aí abrigando jogos cuja média de público não chega a 10.000 pessoas...

    Me lembro de já ter lido aqui mesmo no blog o fato de um outro laboratório estar ocioso (e consequentemente se degradando por falta de uso).

    Como contribuinte pragmático, questiono MUITO a validade desse tipo de investimento. O Brasil simplesmente não gera demanda na área espacial.

    O que mais vemos são notícias de lançamentos de foguetes de treinamento SEM carga útil.

    É tudo muito decepcionante. E até mesmo as notícias que poderiam ser boas, acabam não sendo.

    Lamentável !

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