Empresas São Convidadas a Participar do Desenvolvimento da Nova Fonte Síncrotron

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (08/09) no site da “Agência FAPESP”, destacando que empresas são convidadas a participar do desenvolvimento da Nova Fonte Brasileira de Luz Síncrotron.

Duda Falcão

Notícias

Empresas São Convidadas a Participar do
Desenvolvimento da Nova Fonte Síncrotron

08/09/2014

(ilustração: LNLS)
FAPESP e FINEP lançam chamada para
seleção de propostas com recursos de
R$ 40 milhões para anel acelerador no LNLS.
Agência FAPESP – A FAPESP apoiará micro, pequenas e médias empresas paulistas interessadas em participar como fornecedoras no projeto de construção de Sirius, a nova fonte brasileira de luz síncrotron, que será instalada no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas.

A FAPESP e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) lançaram chamada pública para seleção de propostas de empresas que atendam os requerimentos técnicos de 20 desafios tecnológicos do projeto, que envolvem desde a fabricação da câmara de alto vácuo até dispositivos de microfocalização, passando por sistemas de guias de onda e módulos de fenda.

Os recursos para o financiamento são da ordem de R$ 40 milhões, divididos entre a FINEP e a FAPESP, no âmbito do Programa PIPE/PAPPE Subvenção Econômica. O edital prevê contrapartida das empresas que pode incluir salário de pessoal, custo de espaço e outros custos envolvidos no projeto.

O apoio terá duração de 24 meses, período durante o qual o projeto deverá ser desenvolvido sob a responsabilidade de um pesquisador responsável ou por um coordenador técnico que deverão ser sócios ou empregados da empresa, visando à inserção do produto no mercado.

O prazo para a apresentação de propostas encerra-se no dia 7 de novembro, a divulgação dos projetos selecionados na Etapa de Enquadramento será no dia 26 do mesmo mês e a divulgação dos resultados, em 13 de março de 2015. As propostas enquadradas serão avaliadas por assessores ad hoc e analisadas pela Coordenação de Área de Inovação Tecnológica, com a participação de um representante do LNLS, e pela Diretoria Científica da FAPESP.

As avaliações levarão em conta, entre outros critérios, o acervo de propriedade intelectual da empresa, infraestrutura de pesquisa, capacidade gerencial, impactos da proposta frente à concorrência e características diferenciais dos resultados.

Os entendimentos entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – ao qual o CNPEM se vincula na condição de organização social – e a FAPESP para o apoio ao projeto Sirius iniciaram logo que o LNLS decidiu construir uma nova fonte síncrotron.

Em junho de 2013, por sugestão da FAPESP, o LNLS realizou o workshop “Parceria Sirius”, em que foram apresentadas demandas tecnológicas a cerca de 50 representantes de micro, pequenas e médias empresas e um conjunto de desafios tecnológicos da nova fonte síncrotron.

A expectativa da direção do CNPEM é ter a importação de componentes e de tecnologia “sempre como segunda alternativa” – conforme afirmou na ocasião o presidente do Conselho, Pedro Wongtschowski – e gerar oportunidades para que a indústria nacional se credencie como fornecedora no mercado de aceleradores.

Sirius será a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no país. Será composto por um acelerador de elétrons com energia de 3GeV (giga elétron-volts), 518,4 metros de circunferência e capacidade de comportar até 40 linhas de luz (estações de pesquisa). Será uma das primeiras fontes de luz síncrotron considerada de quarta geração e colocará o Brasil na linha de frente dessa tecnologia.

O texto da seleção pública de propostas está publicado em: www.fapesp.br/8909


Fonte: Site da Agência FAPESP

Comentário: Bom leitor não posso deixar de reconhecer de que esse projeto é fantástico é poderá ajudar muito em várias áreas da pesquisa cientifica e tecnológica do país, ai também incluído as atividades espaciais brasileiras. Entretanto num quadro político de ‘Final de Festa’ e de incertezas da continuidade ou não do governo e de seu futuro compromisso para com o setor de ciência e tecnologia, o cronograma de ações desse projeto parece-me mais motivado pelas expectativas positivas dos pesquisadores envolvidos do que perspectivas reais de cumprimento das metas dentro do prazo. Mas enfim... só nos resta torcer.

Comentários

  1. É aquela história, mesmo que um "governo" foque mais em erradicar a pobreza e outro foque mais no controle do meio ambiente. Deveria haver programas de ESTADO, com o qual o país estivesse viceralmente comprometido.

    Os mais óbvios são: Saúde e Educação. Mas deveria haver espaços bem definidos também para: erradicação da miséria; saneamento básico; distribuição de energia elétrica; CIÊNCIA E TECNOLOGIA; e alguns outros.

    O grande problema é que não temos esses programas de estado definidos. Então, cada governo que entra, sem compromisso com programas de estado, muitas vezes até "sabota" o que o anterior fez, para fazer do seu jeito.

    Quem sabe uma emenda constitucional que definisse esses programas de estado básicos de forma que qualquer "governo" que entrasse, independente das suas crenças e doutrinas, fosse OBRIGADO a manter esses programas de estado mínimos em um bom ritmo de andamento. Digamos que 60 ou 70% do orçamento fossem SEMPRE direcionados para os programas de estado, e o restante sim, o destino seria definido pelo "governo" daquele período.

    Enquanto isso não acontecer, infelizmente, estaremos ao sabor dos interesses do "governo" e do "partido" da vez.

    ResponderExcluir

Postar um comentário